Guarapari é uma cidade com muita história e cultura, onde o turismo ajuda a manter viva a memória de tempos passados. Por isso vamos ver um pouco a história de Guarapari.
Além de suas belezas naturais, cantadas em versos e reconhecidas por muitos, Guarapari também foi marcada pela presença do Padre José de Anchieta, uma figura importante da Igreja e da história de Guarapari e do Brasil.
Ele incentivava que os padres apoiassem os indígenas, promovendo a catequese e sua liberdade. Foi nesse contexto que a cidade começou a ser idealizada, com registros históricos atribuídos a Anchieta e os registro da própria história de Guarapari.
Guarapari foi fundada sob o espírito da catequese e da fraternidade. Em 1569, o Padre José de Anchieta, ao visitar as terras do Espírito Santo como representante dos jesuítas, decidiu estabelecer novas aldeias para catequizar os índios.
Ele viu em Guarapari um local estratégico, próximo a rios, o que facilitava a busca por novas comunidades indígenas, criando ainda mais o que hoje conhecemos como história de Guarapari.
A história registra que José de Anchieta, missionário nascido em Tenerife, nas Ilhas Canárias, chegou ao Brasil em 13 de julho de 1553. Após evangelizar em várias partes do país, ele foi para a Capitania do Espírito Santo, mais precisamente para Reritiba, hoje conhecida como Anchieta.
Em 1569, Anchieta foi encarregado de criar aldeias para os índios Goitacazes, Purus, Tupiniquins e Aimorés, fundando assim Guarapari. Em uma colina, foi construído um convento e uma igreja dedicada a Sant’Ana, batizando a aldeia como “Aldeia do Rio Verde” ou “Aldeia de Santa Maria de Guaraparim”.
Para a inauguração da aldeia e da igreja, Anchieta escreveu uma peça em tupi chamada *Auto Tupi*, destinada aos índios, já que eles não falavam português. A obra reverenciava Maria Imaculada e contava com o personagem Pirataraka, um índio falecido.
Além de evangelizador, Anchieta era músico, poeta e o primeiro dramaturgo do Brasil. Ele faleceu em 9 de junho de 1597, mas seu legado continuou, com o missionário Padre Antonio Dias e outros jesuítas trazendo mais índios para Guarapari, tornando a aldeia próspera e cheia de vida.
Em 1677, Francisco Gil de Araújo, o Donatário da Capitania do Espírito Santo, construiu uma nova igreja ao lado do convento, dedicada a Nossa Senhora da Conceição. A igreja pegou fogo antes de ser concluída, mas anos depois, suas ruínas foram restauradas e hoje são tombadas pelo Patrimônio Histórico.
Em 1º de janeiro de 1679, a aldeia de Guaraparim foi elevada à categoria de vila por ordem de D. Pedro, e, com o tempo, os jesuítas saíram de Guarapari e se fixaram em Reritiba. Em 1835, Guarapari virou comarca pela Lei Provincial, incluindo as regiões de Itapemirim, Beneventes e Guarapary.
A administração da vila era feita pelo Presidente da Câmara, função semelhante ao cargo de prefeito de hoje. O primeiro a ocupar o cargo foi Ismael de Paula Loureiro, nomeado pela Princesa Isabel.
Em 24 de dezembro de 1878, Guarapari passou de vila a município, embora por algum tempo ainda estivesse ligada à cidade de Anchieta. O serviço telegráfico foi inaugurado em 1888, levando comunicação ao local e moldando a história de Guarapari.
A Lei Estadual de 19 de setembro de 1891, sancionada pelo Coronel Manoel da Silva Mafra, concedeu a Guarapari o status de cidade. Finalmente, em 29 de fevereiro de 1948, a cidade teve sua Câmara Municipal instaurada, consolidando sua autonomia na história de Guarapari.
Hospedagem para Conhecer a História de Guarapari
Sugestões de Hospedagem em Guarapari
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Forte: Câmara Municipal de Guarapari